Se Me Pudesses Ver Agora, Cecelia Ahern

25 março 2009

Editora: Presença
Páginas: 292

Categoria: Romance


"Depois de P.S. Eu Amo-te, o romance de estreia, traduzido em mais de 40 países e de Para Sempre, Talvez, a filha do primeiro ministro irlandês apresenta-nos um narrador, Ivan, que é um ser imaginário, com a função de acompanhar uma criança que precise de um amigo. Essa criança é Luke, um menino de seis anos que vive com a tia, Elizabeth, de trinta e quatro anos, fria, metódica, obsessivamente trabalhadora que inicialmente não aceita a nova relação do sobrinho com um amigo que ela não consegue ver. Só depois de fazer uma pesquisa na Internet, Elizabeth se sente mais aliviada por saber que os amigos imaginários não são um sinal de solidão mas de criatividade infantil. Um romance divertido, com humor que apela para um imaginário característico dos adolescentes que muitos adultos já perderam mas que deveriam recuperar em nome de um encontro consigo próprios."

É um livro terno, em que vamos acompanhando a abertura de Elizabeth ao mundo dos sentimentos e dos sonhos, aprendendo a ver a vida com outros olhos e outras cores, através da intervenção do amigo imaginário, Ivan, do seu sobrinho de seis anos, Luke.

Fez-me rir, sorrir, mas acima de tudo reflectir que realmente ao longo da vida e à medida que os momentos menos bons se vão sucedendo, temos tendência a deixar para trás o nosso lado inocente, crente e infantil, que afinal tanta falta nos faz para darmos a devida atenção aos "pequenos detalhes" que tornam a vida muito mais bela.

Duas passagens que me tocaram mais
:
"A vida é assim uma espécie de pintura. Uma pintura abstracta muito bizarra. Podemos olhar para ela e pensar que tudo aquilo não passa de um borrão, e continuarmos a viver a nossa vida pensando que tudo o que existe à nossa volta é um borrão. Mas se olharmos bem para ela, se a observarmos com atenção, a vida pode tornar-se muito mais do que isso. Ela pode ser uma pintura do mar, do céu, das pessoas, dos edificios, de uma borboleta pousada numa flor ou de qualquer outra coisa, excepto do borrão que antes vocês se convenceram que era."

"Não importa onde estamos neste mundo, porque o que interessa é onde estamos aqui - tocou ao de leve na cabeça. - O importante é o outro mundo que habito. O mundo dos sonhos, da esperança, da imaginação e das recordações. Aí eu sou feliz (...) por isso também sou feliz neste sítio. (...) Fechou os olhos e deixou que o vento lhe secasse as lágrimas."

3 comentários:

Fernanda disse...

Ainda bem Lígia, que insististe em lê-lo e gostaste!
É um livro especial não é?
Fico contente! :)
Beijocas

Lígia disse...

Um livrinho especial, com personagens especiais e vindo duma menina especial ;)*
Obrigada!

Paula disse...

Gostei muito destas duas passagens.

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