Para não perder o fio à meada...

30 junho 2013

O facto de ter andado desaparecida do blog não significa, felizmente, que as leituras tenham parado, mas o cansaço de trabalhar diariamente em frente ao ecrã do computador tem-me afastado das opiniões regulares neste cantinho. Quando tenho um bocadinho livre, tenho optado por "fugir" do portátil e isso implicou um certo abandono deste cantinho, algo que, confesso, já começava a pesar-me na consciência.
Para ver se isto entra nos eixos novamente e aproveitando esta vontade de retomar o ritmo, optei por fazer um post em que falarei resumidamente das leituras que fui fazendo durante este afastamento para depois retomar o ritmo habitual, sem assuntos pendentes.

Private, James Patterson
Sendo fã deste autor e tendo gostado imenso dos primeiros três volumes editados cá do Clube das Investigadoras, avancei para a leitura deste primeiro livro da série Private com muito entusiasmo, mas as expetativas saíram completamente goradas.
Um livro mediano, sem muito de thriller ou reviravoltas que entusiasmem. Nota-se que foi escrito mesmo para ser o início da série, apresentando as personagens centrais, mas, na minha opinião, descurando o enredo. Lê-se rapidamente, com capítulos bastante curtos, mas devido à falta de susbtância no enredo, não me sinto em nada inclinada a ler os volumes seguintes desta série. Dentro deste género, o próprio Patterson, tem melhor, muito melhor...

FABULOSO!
Follett no seu melhor e atrevo-me a dizer já que este primeiro volume da Trilogia O Século será a melhor leitura deste ano. 
Este livro merecia uma opinião mais completa e alargada, porque é de facto imperdível para os fãs não só deste autor, mas também de romances históricos centrados na época da Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Movimento Sufragista.
Nota-se uma pesquisa cuidada do autor e um entrelaçar muito inteligente dos acontecimentos históricos com as personagens centrais, mas há que ressalvar que se trata de um romance histórico que se centra nas personagens e o foco no enredo implica algumas vezes que o autor seja um pouco conciso demais (e, por vezes, impreciso) em relação a determinados temas, como por exemplo a Revolução Russa e a amplitude da Primeira Guerra Mundial. Mas, no meio de uma obra com personagens tão bem construídas, numa época histórica tão rica, isso são apenas detalhes que não afetam em nada a qualidade desta obra como romance histórico. Uma obra a não perder e conto em breve ler o segundo volume!

Os livros desta autora foram uma grata surpresa nas minhas leituras de 2012 e já há algum tempo que pretendia voltar a reencontrar o casal Vik/Stubø.
Apesar de não ter desgostado desta história, ficou uns pontinhos abaixo dos dois volumes anteriores. No entanto, Holt conduz novamente com mestria um enredo intrigante. Tanto mistério e tantas personagens tiveram um efeito ambivalente. Se, por um lado, estava cada vez mais intrigada e queria ler mais, por outro, por vezes a leitura tornava-se cansativa e exigente. No entanto, o núcleo de personagens centrais é de tal forma sólido e interessante, que nunca pus em causa desistir da leitura e conto reencontrar em breve o casal Vik/Stubø.

Para Follett, fraquinho, fraquinho...
Não digo que seja uma má leitura, porque se assim fosse, tinha desistido muito antes do meio, mas prefiro de facto este autor na vertente espionagem ou histórico, com uma escrita mais rica e personagens com mais substância.
O tema base deste livro é interessante, mas falha no enredo e nas personagens. É uma história já muito "batida" no cinema, muito previsível e sem grande riqueza. Lê-se bem, é certo, mas esperava mais, muito mais...

Já tinha gostado de Uma Fracção de Segundo, que faz parte de uma outra série do mesmo autor, e tinha alguma expetativa em relação a este livro. Mais uma vez, tive dificuldade em entrar na história, mas, também mais uma vez, ao fim de alguns capítulos estava totalmente embrenhada. O autor mantém um ritmo digno de um filme de ação ao seu melhor nível, conjugando muito bem o enredo mais pessoal e romântico, com a parte de intriga e mistério. Atrevo-me a dizer que acabei por gostar até mais desta obra muito por causa da personagem central e da temática da "gestão de perceção", algo que  me remeteu para "Falta de Provas" de Harlan Coben, que li recentemente, e que também tinha esta temática subjacente, se bem que a um nível menor. Baldacci é altamente recomendável para quem procura bons livros de mistério/acção, com intrigas bem sustentadas e personagens sólidas.

Coben é dos meus autores preferidos e quase sempre os livros dele implicam uma ou duas noites de leitura compulsiva, pois tenho muita dificuldade em pousá-los sem saber mais e mais e mais...
No entanto, a leitura de "Morte no Bosque" foi muito mais lenta do que esperava. Nunca consegui sentir grande afinidade pelas personagens e pela intriga jurídica "secundária", apesar de perceber o seu propósito no enredo. E sempre que o autor se centrava nessa parte, eu perdia o ritmo de leitura.
Quanto à intriga central, em certos aspectos fez-me lembrar "Desaparecido Para Sempre", um dos meus preferidos de Coben, sendo inevitável fazer comparações e, comparativamente, este "Morte no Bosque" fica-lhe atrás.
Gostei, teve algumas surpresas, mas senti a falta do crescendo constante até ao desenlace final a que Coben me habituou noutros livros.

3 comentários:

Guerreiro disse...

Uauuu, Liguita, já tinha saudades de ler as tuas opiniões, e soube-me muito bem como sempre!!! ;O) Estou bastante atrasado, li muitos e ainda não escrevi sobre os livros como os do Coben "A Morte no Bosque" e "A Ameaça"! Ando preguiçoso... LOL

Anónimo disse...

Tenho de me dedicar novamente a Ken Follett, de quem gosto tanto por causa dos Pilares da Terra :) Já saiu o volume que segue A Queda dos Gigantes, não já?
Boas leituras!

Lígia disse...

Olá, folhas de papel :)
Eu ando sempre ao contrário e ainda não li "Os Pilares da Terra", mas se já és fã de Follett, esta trilogia é imperdível. O segundo volume já saiu sim, "O Inverno do Mundo" e o terceiro tem edição original prevista para finais de 2014.
Boas leituras!

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