Páginas: 144
Categoria: Literatura Juvenil
"Abílio detesta o seu nome e decide mudá-lo para Luís. A mudança de nome tem valor simbólico, mostra o instante em que Abílio entra em processo de crise, na busca de ser ele mesmo, diferente daquilo que dele queriam fazer. Uma viagem à terra dos seus antepassados reconcilia-o com a sua história e o seu nome. Este romance realista, de personagens bem delineadas, retrata a vida quotidiana e o mundo interior de um rapaz, utilizando a primeira pessoa em dois tempos de enunciação, e aborda com optimismo o complexo tema da identidade."
Eis uma autora à qual adoro regressar, pois ainda hoje, tantos anos depois do primeiro livro que li dela, me é impossível ler as suas obras sem um sorriso.
Este livro não foi excepção, mais uma história de uma candura, realismo e humanismo impressionantes, com uma escrita que nos deleita.
Temos um Abílio que queria ser Luís, pois não gostava de ser chamado de Abilinho e assim o vamos acompanhando em dois tempos, por um lado na viagem de regresso da "terra" (aqui tão pertinho de mim, a Gafanha) e, por outro lado, na "saga" da mudança de nome, que, afinal, nunca se veio a concretizar. No final, faz-se luz na cabecita dele, após descobrir os encantos e a história oculta do seu nome, com a ajuda da imaginação da sua amiguinha Luísa e da revelação da prima Maria Constança, pouco antes de morrer.
E assim desempoeirei as minhas leituras, com mais um livrinho delicioso de Alice Vieira.
"Temos de saber viver com a vida e com a morte, tal como vivemos com o nosso corpo e com o nome que temos."pág. 140
1 comentários:
Este resumo está muito bom, pois assim consegui perceber a história.
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