O Fim do Alfabeto - CS Richardson

03 dezembro 2009

Editora: Presença
Páginas: 96
Categoria: Romance
excerto

"Ambrose Zephyr descobre de repente que o tempo se está a esgotar quando o médico anuncia que, devido a uma misteriosa doença, lhe resta um mês de vida. Por isso, ele e a mulher, Zappora Ashkenazi, decidem viajar para todos os sítios de que ele mais gostou ou que mais queria ver, de A a Z, começando por Amesterdão. Em Istambul, porém, Ambrose e Zappora dão ao resto do percurso um rumo inesperado, ao fazerem as pazes com o tempo perdido e as muitas perguntas deixadas para trás… O Fim do Alfabeto é uma história mágica, evocativa e inesquecível que nos leva numa viagem espiritual até às profundezas do amor, da perda e da vida."

Mais um livrinho daquela colecção da Presença que me tem enchido as medidas, mas este ficou um pouco aquém do que eu esperava. Não que o problema estivesse no livro, mas nas minhas expectativas em relação a ele, após ler a sinopse.

Sendo um livro de estreia deste autor, está muito bem conseguido, mas quanto à história em si, é
um livro estranho, que se vai entranhando, e mesmo não prendendo tanto quanto imaginei, levou-me sempre de página em página até completar o ciclo.

Tem passagens e pormenores engraçados, diálogos frenéticos e estranhos que nos fazem abrandar e tentar perceber quem fala com quem e porquê (os "porquês" são complicados de encontrar). Há o pormenor engraçado do nome das suas personagens centrais A.Z. (Ambrose Zephyr) e Z.A. (Zappora Ashkenazi). Mas a tal viagem de A a Z, começa e acaba quase sem darmos por isso. Afinal, é mais uma viagem interior do que exterior, de aceitação. A tal viagem pelo mundo de A a Z, afinal é uma viagem pelo mundo de A.Z. e Z.A, o casal da história.

Ao ler a última página a a minha tendência foi voltar a ler do início, principalmente pela frase final, quando o ciclo se fecha: "Esta história é improvável", quase como se esta frase fosse o segredo para tirar sentido de tudo o que estava para trás.

E foi isso mesmo que achei, uma história improvável, invulgar, algumas vezes incongruente, mas que é impossível deixar de acompanhar até ao final e que, depois de virada a última página, convida a uma releitura com outros olhos, para preencher as lacunas que uma primeira leitura deixa.

Chega hoje às livrarias pelas mãos da Editorial Presença.

4 comentários:

Carla Martins disse...

Esse não faz meu estilo, acho que me decepcionaria.

Lígia disse...

Carla,
Não tem nada a ver com o que tenho lido ultimamente... Pelo que já li pela blogosfera, parece-me que seja bem melhor o original. Porque se o autor brinca com as palavras, por muito boa que a tradução esteja, e está, perde-se sempre alguma coisa...
Beijinho

Nuno Chaves disse...

Fiquei curioso com a tua critica, hei-de dar uma espreitadela neste livrinho parece ser bastante interessante, obrigado pela partilha.

Anónimo disse...

Nuno,
É um livro diferente e vale a pena dar uma olhadela... Lê-se num instante, mas não se esgota numa primeira leitura ;)
Bom fim-de-semana!

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