Provas Manipuladas, Donna Leon

02 abril 2010

Editora: Planeta
Páginas: 248
Categoria: Policial

"Quando uma veneziana idosa é brutalmente assassinada, a principal suspeita é a sua empregada romena, que fugiu da cidade. Quando tenta sair do país, levando consigo uma considerável soma e documentos falsos, a empregada mete-se à frente de um comboio e morre atropelada. Caso encerrado. Mas quando a vizinha da velha assassinada regressa do estrangeiro, torna-se evidente que a empregada não podia ter sido a assassina. O Commissario Brunetti decide - oficiosamente - encarregar-se pessoalmente do caso. Quando Brunetti investiga, torna-se claro que o motivo do assassínio não foi a avareza, mas que teve as suas raízes nas tentações da luxúria. Mas talvez Brunetti esteja a pensar no pecado capital errado..."

Já há bastante tempo que tinha alguma curiosidade em experimentar os policiais desta autora e surgiu então a oportunidade com este "Provas Manipuladas".

Bem sei que não é o primeiro livro da série de policiais com a personagem central do Comissário Guido Brunetti, mas como cada livro aborda um caso, com princípio, meio e fim, achei que não perderia muito por não ler a série por ordem. De facto, ao ler esta obra não senti falta de ler as anteriores para ficar encantada com a personagem central... É essa personagem a mais-valia deste livro.

Há muito tempo que não lia policiais deste género... em que o foco do livro se centra mais na investigação do que no crime em si. O crime está cometido logo às primeiras páginas e de seguida acompanhamos o processo de investigação e as conjecturas do Comissário não só quanto a eventuais suspeitos, como em relação aos seus colegas e funcionários e também à corrupção que grassa na sociedade em que se inserem.

Senti a falta de algum ritmo e acção, mas este não é um policial para quem goste de adrenalina e de virar freneticamente páginas e páginas cheias de reviravoltas. Na minha opinião, peca um pouco pela previsibilidade da história e mesmo estando muito bem escrita, com personagens cativantes e um cenário envolvente, senti que faltava o factor surpresa...

Gostei de conhecer a escrita e autora (e o comissário), mas dentro deste género de policiais, prefiro a eterna Agatha Christie ;)

4 comentários:

Guerreiro disse...

Finalmente, Ligia, a tua tão desejada e aguardada opinião! ;-)
No ano passado, estive quase para comprar um dos livros desta autora, mas acabei por comprar outros.
Agora, lendo a tua opinião e também encontrei outras igualmente positivas na blogosfera, fiquei meio hesitante... Pois, falta-lhe o factor surpresa e o ritmo que nos faça virar páginas numa ânsia de querer saber o final... Por outro lado, falaste tão bem deste comissário e outras coisas, inclusive a escrita que também ajuda a nos prender à história apesar da previsibilidade.
Bom, ainda vou ponderar se hei-de comprá-lo ou não, se devo acrescentá-lo ou não a já tão longa e aflitiva wishlist. ;-)
Sabes, estou com uma vontade irresistível de comprar "Força de vontade" de James Patterson, é o desejo mais forte... :)
Beijinhos!
E até breve!

Lígia disse...

A começares a ler esta autora, seria talvez melhor experimentares o primeiro volume da saga do Comissário Brunetti, "Morte no Teatro La Fenice" :)

Sofia disse...

Olá!
Depois da tua opinião também não resisti a comprar um dos livros desta autora.
Embora Agatha Christie seja mestre, aparecer uma autora que, em muito, se pode parecer com ela, já me desperta a curiosidade!
Obrigada pela tua partilha!
Beijinhos!

Lígia disse...

Olá, Sofia...
Não se parece com ela, o tipo de policial é que é do mesmo género dos da Agatha Christie. Mas para mim, a Agatha é incomparável e este ficou um pouco aquém das minhas expectativas...
Há crime sim, mas faltam mais "twists & turns" ;)

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