Mira, a imagem era bem inspiradora, era... quem me dera ter passado o fim-de-semana assim, num jardim, tranquilamente a lerrrrrrr ;)
Devorador Nã, mas a culpa não é das leituras... Os dois livros que tinha em mãos eram muito bons (adivinham-se opiniões para breve), eu é que ando em má fase, muita cansada para me concetrar e desfrutar devidamente dos poucos momentos de leitura... mas melhores dias virão!!! Beijinhos
No fundo do amor está o amor. À volta, no cimo, estão diversas coisas Que às vezes nos entretêm: os nomes, Principalmente, os nomes! Somos todos iniciados na técnica de compreender Que Outono é quando as folhas caem!
Podíamos passar por entre elas... Ser-lhes a invocação imediata... Enfim! Sermos díspares parcelas Desse jogo infinito, a concordata... ...Um tratado! Caminhamos..., elas caem, O sol vem recortante, capilar, E os olhos descem e cerram, descem Para dentro em busca do seu começar!
As pombas rodam, rodam as árvores, Codificam-se os gestos e as cores E faz imenso vento ruissussurrante Mexendo as vestes, os cabelos Os endereços, os remetentes, os selos A imagética do corpo tonificante E o chiar dos pneus, o tilintar eléctrico A voz anunciante, o nome métrico. Se nos liquidamos as pombas saem Do quadro – é melhor deixá-las ficar Como se fossem paz à volta do amor Coisas, nomes principalmente, a rodar A voar!...
Estamos num jardim: um qualquer! Faz menção de sermos homem e mulher ( É que podíamos!... Deveras! ) Ou avenida! Porque não sonhos?... O sonho também! Um saco deles! Bagagem de mistério... Um livro... Um quarto de aluguer... Pessoas amorfas que vão e que vêm E que arrastam consigo toda a vida, E um odor a incesto e adultério...
E os olhos cerram, descem, descem...
E os olhos cerram, descem, descem...
Deixámos os lábios que sabem a amizade: Deixámos as roupas que usam o desejo: Deixámos o sangue que cozinha prazer: Deixámos as mãos que esculpem carinho: Deixámos a palavra que recita a verdade: Deixámos a despedida que encontra o beijo: Deixámos o sol que encanta o crescer: Deixámos o vento que murmura caminho: Mas os olhos cerram, descem, descem...
Mas os olhos cerram, descem, descem...
Mas os olhos cerram, descem, descem...
Há, então, um pestanejar: o sonho agita-se. E os olhos cerrados, descidos, perguntam: « Para onde vais? » - somos feitos assim! E cada um pensa e contrai-se. Fecha-se. Circula. E as respostas ecoam: « À procura de mim » « À procura de mim » « À procura de mim » « À procura de mim » « À procura de mim » « À procura de mim »
4 comentários:
olá olá.
bom fim de semana pa ti.
que imagem inspiradora para nos fazer viajar nas leituras :D
bjinhos.
Espero que a tua leitura esteja a ser finalmente inspiradora!
Bom fim-de-semana.
Um grande beijinho!
Mira,
a imagem era bem inspiradora, era...
quem me dera ter passado o fim-de-semana assim, num jardim, tranquilamente a lerrrrrrr ;)
Devorador
Nã, mas a culpa não é das leituras... Os dois livros que tinha em mãos eram muito bons (adivinham-se opiniões para breve), eu é que ando em má fase, muita cansada para me concetrar e desfrutar devidamente dos poucos momentos de leitura... mas melhores dias virão!!!
Beijinhos
REPOUSO EXISTENCIAL
No fundo do amor está o amor.
À volta, no cimo, estão diversas coisas
Que às vezes nos entretêm: os nomes,
Principalmente, os nomes!
Somos todos iniciados na técnica de compreender
Que Outono é quando as folhas caem!
Podíamos passar por entre elas...
Ser-lhes a invocação imediata...
Enfim! Sermos díspares parcelas
Desse jogo infinito, a concordata...
...Um tratado! Caminhamos..., elas caem,
O sol vem recortante, capilar,
E os olhos descem e cerram, descem
Para dentro em busca do seu começar!
As pombas rodam, rodam as árvores,
Codificam-se os gestos e as cores
E faz imenso vento ruissussurrante
Mexendo as vestes, os cabelos
Os endereços, os remetentes, os selos
A imagética do corpo tonificante
E o chiar dos pneus, o tilintar eléctrico
A voz anunciante, o nome métrico.
Se nos liquidamos as pombas saem
Do quadro – é melhor deixá-las ficar
Como se fossem paz à volta do amor
Coisas, nomes principalmente, a rodar
A voar!...
Estamos num jardim: um qualquer!
Faz menção de sermos homem e mulher
( É que podíamos!... Deveras! ) Ou avenida!
Porque não sonhos?... O sonho também!
Um saco deles! Bagagem de mistério...
Um livro... Um quarto de aluguer...
Pessoas amorfas que vão e que vêm
E que arrastam consigo toda a vida,
E um odor a incesto e adultério...
E os olhos cerram, descem, descem...
E os olhos cerram, descem, descem...
Deixámos os lábios que sabem a amizade:
Deixámos as roupas que usam o desejo:
Deixámos o sangue que cozinha prazer:
Deixámos as mãos que esculpem carinho:
Deixámos a palavra que recita a verdade:
Deixámos a despedida que encontra o beijo:
Deixámos o sol que encanta o crescer:
Deixámos o vento que murmura caminho:
Mas os olhos cerram, descem, descem...
Mas os olhos cerram, descem, descem...
Mas os olhos cerram, descem, descem...
Há, então, um pestanejar: o sonho agita-se.
E os olhos cerrados, descidos, perguntam:
« Para onde vais? » - somos feitos assim!
E cada um pensa e contrai-se.
Fecha-se. Circula. E as respostas ecoam:
« À procura de mim » « À procura de mim »
« À procura de mim » « À procura de mim »
« À procura de mim » « À procura de mim »
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