A Papisa Joana, Donna Woolfolk Cross

03 janeiro 2011

Editora: Editorial PresençaPáginas: 460
Categoria: Romance Histórico

"A autora reuniu, numa perfeita combinação, aspectos lendários com factos históricos do qual resultou um romance sobre Joana de Ingelheim. Filha de um missionário inglês e de uma mãe saxónica, Joana, nascida a 814, sente-se frustrada pelas limitações impostas à sua vida pelo simples facto de ter nascido com o sexo errado. O seu irmão Mateus começou a ensiná-la a ler e escrever quando Joana contava apenas seis anos. Com a sua morte, Joana recorre a toda a sua astúcia e capacidade de ludibriar de modo a continuar a dar largas à sua paixão pelo saber. Mais tarde, Joana foge de casa para seguir os passos do seu irmão João, a caminho da escola religiosa na Catedral de Dorstadt, onde ela se torna a única presença e estudante feminina tolerada. É quando surge Geraldo, e a vida de Joana muda ao aperceber-se de que o ama. No entanto, o seu amor é-lhe interditado pelas maquiavélicas manobras de Ritschild. Usando as roupas e identidade do irmão, depois deste ter sido chacinado durante um ataque normando, Joana foge e entra para o mosteiro de Fulda, onde ela se passa a denominar, depois de feitos os votos primordiais, João Anglicus. Trilhando o caminho de monge a padre num instante, enquanto apurava o seu conhecimento e técnicas de cura, Joana começa a traçar a sua rota direita a Roma, onde os seus dons lhe abrem caminho para se tornar confidente e físico curador dos dois papas. É nos meandros de várias intrigas políticas no meio eclesiástico que Joana, ela própria, ascende ao posto de pontífice máximo da Igreja Católica. A Papisa Joana resulta numa fabulosa e vívida recriação do período por nós conhecido como a "Idade das Trevas"."

Que dizer sobre um livro absolutamente marcante? Há imenso tempo que queria escrever uma opinião sobre este livro que já li há uns meses. Decidi esperar por ver o filme e escrever uma "dupla" opinião. No entanto, ainda não consegui ver o filme e queria concluir o meu registo de leituras de 2010, o que seria impossível sem referir este livro. Apesar da sinopse ser bastante reveladora quanto ao desenrolar da história, não conseguiu retirar prazer às horas que dediquei a este livro.

Perdoem-me se não me alongar muito em devaneios, mas acho que basta dizer que foi O MELHOR livro que li em 2010. A parte histórica é excelente, a parte ficcionada é tão verosímil que nos deixa a questionar quanto será realmente verdade ou ficção... pelas mãos da autora, quase nos parece um relato de factos históricos. O percurso de uma menina/mulher que luta não só pela sobrevivência mas também pelo direito ao conhecimento num universo masculino. Um relato de força, coragem, amor, fé, mas acima de tudo, uma história escrita de forma magistral que não deixará nenhum leitor indiferente, goste ou não de romances históricos.

2 comentários:

Jojo disse...

Este também consta no meu Top 10 de 2010. è uma história fenomenal!

Bom ano Lígia*

Bjinhos*

marcia disse...

Tenho de ler, as opiniões são de facto muito boas. Bom Ano!

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