A Sombra da Sereia, Camilla Läckberg

16 janeiro 2014

Um homem desaparece misteriosamente em Fjällbacka e, apesar de todos os esforços de Patrik Hedstrom e dos seus colegas da Polícia, ninguém sabe se está vivo ou morto.
Meses mais tarde, é encontrado no gelo com sinais de ter sido assassinado. O caso complica-se quando Christian Thydell, um amigo da vítima, começa a receber ameaças anónimas. Christian, cujo primeiro romance, A Sereia, acaba de ser publicado com grande sucesso, não aguenta a pressão e mostra as cartas anónimas a Erica Falk, que o tinha ajudado a rever o manuscrito. Erica entrega-as ao marido. Suspeitava há muito da existência de uma sombra ameaçadora na vida de Christian e está preocupada com o que possa vir a acontecer-lhe. Alguém tem um profundo ódio por ele, alguém aparentemente perturbado e instável que não hesitará em concretizar as suas ameaças. Apesar de estar no final de uma gravidez de gémeos, Erica procura encontrar respostas para as suas inquietações e essas respostas remetem para o passado e para uma história terrível.
 Logo de rajada, dirijo-me à D. Quixote e peço MAISSSSSS! Quero o próximo, quero todos desta autora. Não é novidade nenhuma que sou fã desta autora desde que li o primeiro desta série e, a cada livro terminado, fico sempre a aguardar ansiosamente o seguinte, mas este... é tortura não ter surgido ainda o volume seguinte cá em Portugal.
Camilla Läckberg foi para mim a melhor descoberta literária dos últimos anos e os livros dela dão sempre um novo fôlego às minhas leituras. Se já tinha gostado muito de Os Diários Secretos, este superou as expetativas e aquele final, meu Deus, aquele final... Convenhamos que é impróprio para cardíacos e para os fãs daquelas personagens que, ao sexto livro, já são quase reais e não apenas parte do imaginário literário.
O desenrolar da história deixa adivinhar algo ominoso, muito subliminar, em pequenos detalhes, mas está lá a sensação de que algo não bate certo, algo estranho se passa. E é com mestria, mais uma vez, que a autora nos conduz nesse sentido, sem nos apercebermos, até ao impacto final.
Foi mais uma vez ótimo rever Erica, Patrik e, pasmem-se, até o Mellberg. Mellberg foi das personagens literárias que mais me irritou e fiquei-lhe com um "pó" no primeiro livro que nunca achei possível simpatizar com o homem, mas tem tido uma evolução muito engraçada ao longo desta série e, mantendo as suas peculariedades, acaba também por cativar.
Em vez de perder o fôlego, Läckberg tem antes apurado a "receita" desde o primeiro livro e é das poucas autoras atuais que me faz apetecer prolongar a leitura dos seus livros, para saborear cada pedacinho e não ter de me despedir muito depressa das personagens. Ao 6.º livro de uma série, há que dar mesmo crédito a Camilla Läckberg, pois continua a conseguir conciliar personagens sólidas e interessantes com histórias intrigantes e uma escrita consistente, mantendo o leitor cativo, à espera do volume seguinte (sim, para quando?)... Uma autora para ler, reler e (a)guardar.

5 comentários:

Silvana disse...

Olá,

Só li dois livros desta autora, mas partilho da tua opinião: foi uma das minhas melhores descobertas literárias, no meu caso do ano passado.
São livros viciantes!! Beijinhos

Lígia disse...

Olá, Silvana
Gostei imenso de todos e aguardo ansiosamente os próximos... De certeza que serão novamente das melhores leituras deste ano (sim, que eu já espero mais do que um!)
Bjinhos e boas leituras

nuno chaves disse...

Oh! meu Deus! deixaste-me a salivar!
Há muito que me sinto tentado em ler, esta autora, o que nunca aconteceu... ainda estou limitado a Stieg Larson, Lars Kepler e Jo Nesbo (este último não gostei).
Fiquei definitivamente convencido.
É melhor começar de início? ou eles seguem uma certa ordem cronológica?

Lígia disse...

Olá, Nuno
Lê por ordem sim... a mais-valia dos livros desta autora é podermos acompanhar a evolução de um pequeno núcleo de personagens ao longo dos vários livros. Juntando a isso a parte policial, vale mesmo a pena. Já li Stieg Larson e Lars Kepler e digo-te que não é comparável... a escrita é diferente. Melhor ou pior? Depende das expectativas aquando da leitura... eu prefiro Camilla, até porque costumo ler os livros dela quando preciso de novo fôlego nas leituras e acabo sempre com vontade de reler a série toda. São uma ótima leitura de férias, por exemplo... Nem muito leves, nem muito pesados :)

zeynep disse...

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